segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Caminhando juntos e somando esforços

Depois de fazer uma reavalição de nosso trabalho para o segundo semestre deste ano chegamos a conclusão de que neste momento a prioridade é somarmos esforços com as demais Redes existentes no município, especialmente a Rede de Agricultura Urbana.
Em 24 de outubro começou o nosso caminhar juntos: participamos de uma reunião organizada pela Rede de Agricultura Urbana, Cedro, Articulação de Agroecologia da Região Metropolitana, Profito / Fiocruz; As prioridades desta reunião estavam bastante sintonizadas com as nossas prioridades.

No link está o relato com os principais momentos da reunião. Este foi o ponto de partida do trabalho que começa a ser articulado.

Como vocês sabem, durante o primero semestre o GT teve diferentes oficinas sobre o ciclo do alimento, começando pela compostagem até a preparação e consumo de alimentos. O tema das sementes ficou pendente, e acabou não sendo incluido. Por isto queremos convidar vocês para a Festa Estadual de Sementes nos próximos 29 e 30 de novembro em Nova Iguaçu. Organizada pela Articulação de Agroecologia do Rio de Janeiro (AARJ), Associação da Feira da Roça de Nova Iguaçu (AFERNI) e o Projeto Semeando Agroecologia da AS-PTA.

O programa é muito interessante: estão previstas uma mesa sobre a importância das sementes tradicionais e da biodiversidade para o fortalecimento da agricultura familiar ecológica, oficinas de remédios caseiros, manejo de sementes, culinária tradicional, Alimento vivo. Além da feira e de mostras solidárias da biodiversidade.
Para o encerramento está prevista uma reunião de trabalho para construção do projeto estadual de sementes.


Vamos ter a oportunidade de conhecer diretamente os guardiães de sementes e os seus saberes...vale a pena conferir!
 

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Planejando nossas atividades para o 2º Semestre de 2011

No dia 2 de setembro o GT de Agricultura Urbana esteve reunido no Centro Administrativo São Sebastião, na Cidade Nova com o objetivo de fazer uma avalização do trabalho e definir as propostas para o 2 semestre de 2011.

A reunião foi com poucos, mas bastante produtiva.
Foram feitos alguns comentários em relação a Conferencia Municipal de segurança alimentar, tendo-se valorizado a importância do processo de pré-conferencias, que captou muito bem as questões e problemáticas das diferentes regiões e grupos.

Nossa preocupação maior foi em como configurar o segundo semestre de 2011, medindo a capacidade do GT e ao mesmo tempo nos preparar para 2012, quando acontecerão 2 fatos importantes: a Rio + 20 e as eleições municipais.
Para isso, avaliamos que no 2º Semestre de 2011 temos condições de realizar 2 encontros:
- Em outubro/2011 uma oficina sobre a experiência da Secretaria de Segurança Alimentar de Betim-MG, que tem um trabalho interessante de integração da agricultura urbana com a segurança alimentar .

- Em novembro/2011, realizar oficina complementar sobre Orçamento, buscando aprofundar as propostas a serem encaminhadas para a prefeitura.

- Retomar o contato com as pessoas que auxiliaram na mobilização das pré-conferencias, apresentando o filme “O Veneno esta na mesa”, buscando discutir as alternativas do ponto de vista da segurança alimentar.

- Realização de um programa na serie “Cidade Inteligente”, da Multirio, abordando as experiências levantadas pelo GT.

- Agendaremos através do Consea, uma reunião com a Emater do município, visando ter conhecimento da situação dos agricultores.

- Para o 2012 surgiu a proposta de organizarmos em abril ou maio de 2012, um Seminário sobre Agricultura Urbana, que dê visibilidade experiências e pesquisas sobre o assunto. E a proposta é este evento servir de preparação para uma atividade durante a Rio+20.

Estas propostas assim como os resultados das 5 oficinas realizadas durante o primeiro semestre, foram apresentadas  no Consea Rio o 13 de setembro pelas conselheiras Bibi Cintrão e Miriam Langenbach.


A partir das oficinas começam a surgir desdobramentos: como primeiro exemplo significativo, a compostagem da revolução dos baldinhos foi repassada por Ana Lucia Jordão, em Niterói, para a tribo indígena que está em Camboinhas.

Certamente muitos terão histórias para contar e pedimos que vocês o façam, se possível com imagens, que irão alimentar o nosso blog, ppt e a troca de experiências.

O relato completo da reunião do GT pode ser visto neste link, o relato da reunião no Consea tambem esta disponibilizado neste link.

sábado, 25 de junho de 2011

Os nossos próximos passos: III Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional do Rio de Janeiro

Com a 5a oficina do GT Agricultura Urbana e Educação Alimentar, sobre Políticas Públicas, encerramos um ciclo de oficinas que havia sido programado para o GT no 1º  semestre de 2011. Este ciclo tinha o objetivo de nos conhecermos melhor, de trocarmos experiências, fazermos um primeiro diagnóstico e tirar propostas para a III Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional do Rio de Janeiro.
 
Como as pré-conferências já começam no dia 27 de junho, a coordenação do GT elaborou um documento-síntese das principais questões que apareceram ao longo das 5 oficinas, tentando traduzi-las num diagnóstico da realidade e em indicações e propostas e questões.
Embora ainda incipiente e inconclusivo, este documento é rico em elementos para uma leitura da realidade da agricultura no município do Rio de Janeiro, bem como das questões relativas ao consumo consciente e educação alimentar. Poderá servir como subsídio para as pré-conferências e também como ponto de partida para a consolidação de propostas para o fortalecimento da Agricultura Urbana e Educação Alimentar no município, a serem aprofundadas pelo Grupo de Trabalho.

Boa leitura!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Mobilização de recursos para a ação...Políticas Públicas para a Agricultura Urbana e Educação Alimentar

O encerrando do ciclo de oficinas programado para o 1º  semestre de 2011 pelo GT, foi realizado no dia 15/junho de 2011 com a  5a oficina sobre Políticas Públicas para a Agricultura Urbana e Educação Alimentar. Tendo como anfitriã a Associação Terrapia  quem e referência em alimentação viva.



O tema de Políticas Públicas foi abordado de uma forma muita clara pelo Leonardo Melo, da Fiocruz Mata Atlântica, que fez uma exposição sobre o que é uma política pública, como é elaborada e executada, como se pode mudar, convidando aos participantes a uma reflexão sobre a construção e monitoramento das políticas públicas.

Num segundo momento foi apresentado como o orçamento público é uma ferramenta importante para um maior controle social dos nossos governantes e como é possível a qualquer cidadão “aprender a ler” um orçamento público, que é padronizado nos níveis municipal, estadual e federal. Tambén fizemos um exercício de leitura da temática do GT no Orçamento Municipal do Rio de Janeiro de 2011.

O relatório Completo da Oficina pode ser visto neste link, o OrçamentoPúblico também esta disponibilizado.

O tempo foi pouco para “mergulharmos” mais na leitura do orçamento municipal e ficou um gostinho de “quero mais”. Leonardo se disponibilizou a retomar este exercício conosco em outro momento, mas para isso será importante amadurecermos um pouco mais o que queremos e quais são nossas propostas.

Embora tenhamos avançado bastante nas trocas de experiência e num diagnóstico da realidade da agricultura no nosso município e tenhamos muitas iniciativas e muita coisa boa acontecendo, estamos muito longe de ter uma política pública coesa e coerente para a Agricultura Urbana e Educação Alimentar. A grave situação dos agricultores e o desmonte de programas como o Rio Hortas e a Escola Carioca da Agricultura Familiar são exemplos do descaso da prefeitura com a agricultura no município.


A oficina terminou com o compartilhamento de uma refeição de alimentação viva, preparada pelo pessoal da Associação Terrapia. O cardápio incluiu uma farofa com coco germinado, guacamole e uma deliciosa salada orgânica, contando com a colaboração de doações dos participantes e das Hortas Cariocas. Ficou claro uma vez mais o quão rica pode ser a organização de uma alimentação corente com os princípios de uma alimentação saudável e de qualidade.

O próximo passo do Grupo de Trabalho é a participação nas Pré-Conferências e na Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional.

PS: Um outro relato da oficina, com mais fotos, pode ser visto no blog do Santa Horta, participante do GT, que gentilmente nos cedeu as fotos.



segunda-feira, 20 de junho de 2011

Errata convite Pré-conferências de SAN- Representantes da sociedad civil de entidades sem CNPJ

Após a divulgação das pré-conferências neste blog, levantou-se a dúvida sobre como fazer com as organizações que não têm CNPJ. Havíamos colocado a orientação de apenas deixar em branco, mas depois disso o Consea (que é responsável pelo regimento interno das pré-Conferências) esclareceu as regras, que são as seguintes:

Caso a entidade representativa da sociedade civil não possua registro no CNPJ, poderá comprovar sua existência e finalidade mediante a apresentação de uma carta com o nome e cargo de qualquer entidade formal (com CNPJ) com a indicação do nome e cargo do representante legal, ambas em papel timbrado, que declare a existência e as atividades da entidade.

Esta carta adicional pode ser pedida a qualquer organização ou instituição que conheça ou acompanhe o trabalho da organização que é informal.

Lembramos que a primeira pré-Conferência, relativa à Área 1 (que abrange centro, zona sul, zona norte, entre outras) já será realizada na segunda depois do feriado.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Convite Pré-conferências de SAN - Segurança Alimentar e Nutricional

Gostaríamos de convidar todos os participantes das oficinas do GT Agricultura Urbana e Educação Alimentar para participar das Pré-conferências de SAN - Segurança Alimentar e Nutricional.
As Conferências são grandes encontros que reúnem representantes do governo e da sociedade civil que, juntos, avaliarão e discutirão as políticas e as ações para a erradicação da fome e da extrema pobreza e para o avanço da Segurança Alimentar e Nutricional.

Este ano teremos as Conferências Municipais, Estaduais e Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Os temas discutidos no GT, relativos a Agricultura Urbana e Educação Alimentar, são parte desta discussão, na medida que envolvem ações que produzem alimentos (em alguns casos fontes de renda) e estimulam práticas alimentares mais adequadas e sadias.


No Município do Rio de Janeiro realizaremos a 3ª COMSAN – Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, nos dias 27 e 28 de julho de 2011, com cerca de 250 participantes. Com o objetivo de ampliar a participação, preparar  e indicar os delegados para a 3ª COMSAN, serão realizadas 5 Pré-Conferências nas diferentes regiões da cidade, com cerca de 150 participantes cada.

Podem participar das Pré­Conferências Regionais, com direito a voz e voto:
a. representantes de todos os setores organizados da sociedade civil
b. representantes dos diversos setores do poder público
c. representantes de instituições privadas, com ou sem fins lucrativos

Também representantes de instituições públicas como escolas, CRAs, CREs, Projetos, Postos de Saúde, etc. Cada um de vocês também pode tentar convidar outras instituições / organizações para a participação nas Conferências.

Cada movimento, organização, instituição ou órgão do poder público com atuação nas regiões das pré-conferências poderá credenciar, com direito a voz e voto, 02 (dois) representantes, que no momento de inscrição deverão trazer uma carta de indicação da organização que representam e um documento de identidade. Cada representante poderá inscrever­-se somente em uma Pré­Conferência Regional.
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As Pré­-Conferências Regionais têm caráter formativo e realizarão atividades de formação e apropriação de temas, de acordo com os seguintes eixos de debate:
·         Segurança Alimentar e Nutricional,
·         ­Abastecimento de Alimentos na Cidade do Rio de Janeiro
·         Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável e sua exigibilidade

Também podem participar das pré-conferências cidadãos/cidadãs interessados/as no objeto das Pré Conferências (que não representem nenhuma organização), mas apenas com direito a voz.
As pessoas interessadas precisam identificar a pré-conferência na qual seu bairro está inserido (ver lista abaixo) e providenciar a carta de apresentação junto à sua organização. Não é obrigatório ter CNPJ para inscrever-se (este item pode ser deixado em branco).

Neste link você encontra o convite para as Pré-conferências, para divulgação, com informações sobre bairros abrangidos, data e local de cada uma. No Regimento Interno da 3ªComsan tem informações mais detalhadas sobre todo o processo: objetivos, datas, temas, participantes, número e processo de eleiçao de delegados, etc.

A participação das pessoas do GT é importante, por isso contamos com vocês lá!
Seguem informações sobre os bairros, datas e locais das Pré­Conferências Regionais.

ÁREA 1:
Bairros de abrangência: Benfica, Caju, Catumbi, Centro, Cidade Nova, Estácio, Gamboa, Mangueira, Paquetá, Rio Comprido, Santa Teresa, Santo Cristo, São Cristóvão, Saúde, Vasco da Gama, Alto da Boa Vista, Usina, Muda, Andaraí, Botafogo, Catete, Copacabana, Cosme Velho, Flamengo, Gávea, Glória, Grajaú, Humaitá, Ipanema, Jardim Botânico, Lagoa, Laranjeiras, Leblon, Leme, Maracanã, Praça da Bandeira, Rocinha, São Conrado, Tijuca, Urca, Vidigal, Vila Isabel.
Data e Local: dia 27de junho de 2011, no Auditório da 1ª CAS, Praça Pio X 119, 9ºandar – Candelária – Centro, Rio de Janeiro/ RJ, das 8 as 14h.

ÁREA 2:


Bairros de abrangência: Abolição, Água Santa, Cachambi, Complexo do Alemão,
Del Castilho, Encantado, Engenho da Rainha, Engenho de Dentro, Engenho Novo,
Higienópolis, Inhaúma, Jacaré, Jacarezinho, Lins de Vasconcelos, Maria da
Graca, Méier, Piedade, Pilares, Riachuelo, Rocha, Sampaio, São Francisco
Xavier, Todos os Santos, Tomas Coelho, Bancários, Bonsucesso, Brás de Pina,
Cacuia, Cidade Universitária, Cocotá, Cordovil, Freguesia, Galeão, Jardim
América, Jardim Carioca, Jardim Guanabara, Manguinhos, Maré, Monero, Olaria,
Parada de Lucas, Penha, Penha Circular, Pitangueiras, Portuguesa, Praia Da
Bandeira, Ramos, Ribeira, Tauá, Vigário Geral, Zumbi, Bento Ribeiro,
Campinho, Cascadura, Cavalcanti, Colégio, Engenheiro Leal, Honório Gurgel,
Irajá, Madureira, Marechal Hermes, Osvaldo Cruz, Quintino Bocaiuva, Rocha
Miranda, Turiaçú, Vaz Lobo, Vicente de Carvalho, Vila da Penha, Vila Kosmos,
Vista Alegre, Coelho Neto, Tomáz Coelho.
Data e Local: dia 07 de julho de 2011, no Abrigo Cristo Redentor, na Av dos Democráticos, 1090 – Bonsucesso, Rio de Janeiro/ RJ, das 8 as 14h.

ÁREA 3:
Data e Local: dia 08 de julho de 2011, no auditório do SESI, na Av. Geremário
Dantas, nº 342 - Tanque, Rio de Janeiro/ RJ, das 8 as 14h.
Bairros de abrangência: Anil, Barra da Tijuca, Camorim, Cidade de Deus,
Curicica, Freguesia Jacarepaguá, Gardênia Azul, Grumari, Itanhangá, Joá,
Pechincha, Praça Seca, Recreio dos Bandeirantes, Tanque, Taquara, Vargem
Grande, Vargem Pequena, Vila Valqueire,

ÁREA 4:


Bairros de abrangência: Acari, Anchieta, Barros Filho, Coelho Neto, Costa
Barros, Guadalupe, Parque Anchieta, Parque Columbia, Pavuna, Ricardo de
Albuquerque, Bangu, Campo dos Afonsos, Deodoro, Gericino, Jardim Sulacap,
Magalhães Bastos, Padre Miguel, Realengo, Senador Camará, Vila Militar.
Data e Local: dia 06 de julho de 2011, no SEST/SENAT, na Estrada do Camboatá, nº
135, Deodoro, Rio de Janeiro/ RJ, das 8 as 14h.

ÁREA 5:
Bairros de abrangência: Campo Grande, Cosmos, Inhoaiba, Santíssimo, Senador
Vasconcelos, Barra de Guaratiba, Guaratiba, Paciência, Pedra de Guaratiba,
Santa Cruz, Sepetiba.
Data e Local: dia 29 de junho de 2011, na Faculdade Machado de Assis (FAMA), na
Praça Marquês do Herval, 04, Santa Cruz, Rio de Janeiro/ RJ, das 8 as 14h.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Agricultura urbana: Contribuições e Desafios

A 4ª Oficina do GT Agricultura Urbana e Educação Alimentar, foi realizada no dia 17 de maio de 2001 na Escola Carioca de Agricultura Familiar, em Guaratiba, que nos acolheu em seu espaço e nos deu todo apoio de infra-estrutura.

Participaram 40  pessoas e foram apresentadas quatro experiências que consideramos entre as mais significativas do Município.

Tres iniciativas da Prefeitura:

1- Projeto Rio Hortas – Fundação Parques e Jardins, Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
2- Projeto Hortas Cariocas - Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
3- Escola Carioca de Agricultura Familiar - Secretaria Municipal de Assistência Social 

E uma experiência da sociedade civil:
4- Ong AS-PTA e Rede de Agricultura Urbana do municipio do Rio de Janeiro 

Cláudia Magnanini nos apresentou o Programa Rio Hortas, criado no contexto da Eco-92, vinculado à Fundação Parques e Jardins, da Secretaria de Meio Ambiente, voltado para transformar espaços ociosos da cidade em locais produtivos.

Criaram a horta-escola, que formou muitos hortelões, em terreno da prefeitura, com o apoio do shopping Via Parque.



O programa Rio Hortas tem várias iniciativas importantes, como o “crédito orgânico” (moeda de troca para estimular a reciclagem de lixo orgânico pela comunidade), o apoio às hortas escolares (em especial na 6ª CRE- Coordenadoria Regional de Educação), o apoio a hortas comunitárias, o projeto “Espiral de Arborização”, que se inicia na escola e vai em espiral arborizando o entorno.

Em 2011 encontra-se praticamente paralisado, em função do terreno onde ficava a horta  e era a  sede de suas propostas formativas (próximo ao Via Parque, na Barra), ter sido colocado a venda pela prefeitura. O Rio Hortas não tem outro local/sede ainda, o que inviabiliza a continuidade de seus trabalhos de formação de hortelões, para prejuízo da agricultura urbana no Rio de Janeiro.

Estes são os  links com as apresentaões completas do Rio Hortas e do Projeto Espiral de Arborização

Julio Barros apresentou o programa Hortas Cariocas, criado em 2006 está vinculado à Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura.


 
O programa apóia hortas comunitárias e escolares,  atualmente envolve 102 hortelões, em 25 hortas, sendo 9 em escolas públicas e as demais em comunidades carentes.
Priorizam áreas da cidade subutilizadas ou com um uso inadequado (entulho, matagal), atendendo pedidos das comunidades.

As hortas incluídas no programa recebem os equipamentos e remuneração (prolabore), geralmente há um encarregado e outros que estão subordinados ao mesmo.

A metade da produção das hortas comunitárias vai para equipamentos públicos da prefeitura ou para moradores em situação de insegurança alimentar e a outra metade fica para que os hortelões comercializarem localmente. Estão estudando a criação de algumas feiras para poder escoar os produtos para uma parcela maior da população, deselitizando o consumo da produção orgânica.

Nas escolas a produção da horta é utilizada na alimentação escolar ou como doação para famílias dos alunos. Atualmente busca-se implantar sistemas agroflorestais nas áreas.

Estimulam que a horta se auto-sustente e fique independente da prefeitura. Já trabalham com entrega de lixo pela população, para compostagem e estão planejando implantar o “orgânico” como moeda, a partir da idéia do Rio Hortas.

Link com apresentação completa do Projeto Hortas Cariocas, feita por Júlio Barros.

Eremita Santos nos apresentou a ECAF - Escola Carioca de Agricultura Familiar, vinculada à SMAS - Secretaria Municipal de Assistência Social.

A ECAF foi criada em 2005, ocupando uma área que até alguns anos atrás era conhecida como “Fazenda Modelo”, destinada ao abrigo de população de rua.  Entre 2005 e 2009, a ECAF desenvolveu o projeto Hortas Comunitárias, focalizando na formação de hortelãos.

Passou a ser um centro de capacitação e difusão da agricultura familiar/urbana para a população, com o objetivo de estimular os cultivos na cidade e com foco na inclusão produtiva dos alunos, a preocupação era oferecer aulas práticas, acompanhadas em casa, com a construção pelo alunos de um projeto produtivo, iniciando com o espaço doméstico.

Além dos cursos, a ECAF já organizou atividades voltadas para escolas públicas: colônia de férias, “concurso de sanduíches saudáveis” (voltado para adolescentes, antecedido de palestrra sobre o tema). Em 2010 participou da Semana de Alimentação Carioca, organizou  oficinas de doces e compotas, voltadas para a geração de renda.

A Escola formou algumas centenas de alunos, mas infelizmente a proposta, que durou 3 anos, descontinuou, não se tendo atualmente nenhum projeto patrocinado. Atualmente as turmas estão pequenas e a parte prática da formação é reduzida


Daniele Sanfins apresentou a experiência da ONG AS-PTA  e da Rede de Agricultura Urbana.
Desde 1999, a Aspta desenvolve um trabalho importante com agricultura urbana na zona oeste do município do Rio de Janeiro, voltado ao incentivo do plantio nos quintais mobilizando a própria comunidade para mantê-las.

Ressaltam  importância do trabalho das mulheres (que cuidam da casa, do alimento, da família) e dos quintais urbanos como algo que repercute na saúde da família. Estimulam o uso de plantas medicinais, o resgate da auto-estima e das raízes culturais. Seu foco é a agroecologia e buscam apontar que horta não é só alface, couve, beterraba, cenoura, mas pode incluir uma grande diversidade de plantas e árvores. Não é só um trabalho de segurança alimentar, mas também cultural.

Seu trabalho se volta para a fomentação do que já existe, dentro de um enfoque participativo, através de encontros, oficinas e cursos, com destaque para visitas de intercambio e trocas de experiências.

A AS-PTA teve importante papel na constituição da Rede de Agricultura Urbana do município do Rio de Janeiro, que se junta a outras redes, como a Articulação de Agroecologia do Estado do Rio de Janeiro, vinculada à Articulação Nacional de Agroecologia (http://www.agroecologia.org.br/) 

Um importante desta oficina foi a alimentação. Teresa Corção, chef do restaurante Navegador, e a frente do Instituto Maniva (http://www.institutomaniva.org/en) , esteve a frente da alimentação. Ela e mais 4 senhoras da ECAF, com a contribuição de produtos do Hortas Cariocas, da ECAF, da Farmanguinhos/Fiocruz, da Terrapia e de todos os participantes. Experimentamos uma salada de maionese de aipim, uma espécie de “cuscuz marroquino” feito farinha d’água de mandioca do Pará, trazida por Teresa Corção. Foi tudo uma delícia, e reforçou a visão da importância da culinária na valorização da produção.


 
Uma pena muito grande foi não termos conseguido fazer a visita à ECAF, que a chuva impediu que fosse feita assim como o pouco tempo para as trocas de debates.

Foi muito importante conhecer todas estas iniciativas, da integração destes vários grupos, certamente várias conseqüências importantes poderão surgir e a Conferencia Municipal de Segurança Alimentar que em breve se inicia, poderá ser uma referência onde várias questões poderão desembocar. Daí que a próxima e ultima oficina terá muito importância, no sentido de integrar as várias questões levantadas, pensando em políticas publicas que fortaleçam a agricultura urbana no nosso município.

Clique aqui  para ver o relatório completo.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Agricultura Familiar e Agroecologia são temas da Semana de Alimentação Escolar

A Semana de Alimentação Escolar 2011, acontece entre 16 e 20 de maio, tem como tema Agroecologia e agricultura familiar: a cidadania cultivada em família.  A cartilha já está disponível: Agroecologia e agricultura familiar: a cidadania cultivada em família.

A Semana de Alimentação Escolar constitui importante estratégia para a promoção da alimentação saudável nas escolas.


Criada em 1959 e instituída no Rio de Janeiro por Decreto Municipal em 2003, a Semana de Alimentação Escolar é oportunidade para estimular a integralidade do ensino, a interdisciplinaridade e a promoção da saúde na escola.
Nesta edição, a proposta é fomentar o debate sobre as formas de produção de alimentos no Brasil, valorizando a agroecologia e a agricultura familiar como caminhos para garantir a segurança alimentar e promover o desenvolvimento sustentável. A discussão fortalece a implementação da Lei 11.947, que regulamenta o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e estimula a agricultura familiar, preferencialmente orgânica ou agroecológica.

O objetivo é levantar questões relacionadas à qualidade dos alimentos consumidos atualmente, abordando, entre outras, as seguintes questões:
* Por que as frutas que comemos hoje têm sabor diferente das de antigamente?
* De onde vêm o que comemos?
* Quem planta e como planta?
* Existe apenas um jeito de plantar?
* Existe um jeito certo de plantar?
* A que se propõe cada tipo de agricultura?

>> Saiba mais sobre a Semana de Alimentação Escolar

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Consumo cosciente: ato político, experiência sensorial e muito mais!

A quarta oficina do GT, com o tema Consumo Consciente e Educação Alimentar, aconteceu no INAD – Instituto Annes Dias, que nos acolheu em sua sede. Estiveram presentes 38 pessoas.

O INAD é vinculado à Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e é o responsável, entre outras coisas, pela alimentação escolar.  Iniciamos com uma visita à horta do Inad, guiada por Norma. É uma horta com bastante variedade, com ervas medicinais e também frutíferas e também com um cuidado de ser “ornamental”.

Norma apresentando a horta do Inad, durante oficina


Em seguida, Ciça Roxo e Joca Mesquita, ecochefs do Slow Food Rio, apresentaram a “Educação do Gosto, como uma proposta para o consumo consciente”, fazendo uma degustação como exemplo do trabalho proposto pelo Slow Food.  

Assistidos pelos alunos de gastronomia do IBMR, fizeram uma dinâmica de educação do gosto, para percepção dos sabores doce, salgado e amargo. E também uma degustação de uma cenoura orgânica e outra convencional, ficando visível a diferença no sabor.

Dinâmica de educação do gosto: doce, salgado, amargo, azedo

No link a seguir pode-se baixar dois manuais de educação do gosto para crianças e jovens, preparados pelo movimento Slow Food internacional

O intervalo foi com o lanche agroecológico, possibilitando uma boa alimentação e muita troca entre as pessoas, quer trouxeram os alimentos.Copos e talheres de vidro, nada descartável!

Miriam Langenbach na falando sobre a Rede Ecológica
A apresentação da Rede Ecológica enfatizou a importância do papel dos consumidores numa luta desigual, a compra como um ato politico, um consumo diferenciado que pode acontecer de várias formas. Importante é se recuperar o vinculo com o produto e produtor, o produto tem uma história, tem nome e sobrenome.

Finalizando, o Inad trouxe uma visão da alimentação escolar, os dispositivos legais, a organização que foi acontecendo ao longo dos últimos anos, que possibilitou uma oferta em cinco dias na semana de arroz, feijão, legume/verdura, um tipo de fonte de proteína (carne, peixe, frango, ovo) e fruta; o que significou grandes mudanças em relação ao que havia antes. Também a proibição de vendas de produtos industrializados e pouco saudáveis nas cantinas das escolas. 

Ana do Inad encerrou com uma brincadeira “Pé de que?”em que adivinhávamos frente a imagem de árvores, qual seria a fruta.  

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Hortas em escolas no município do Rio de Janeiro: situação, obstáculos e perspectivas

O grupo da Oficina na horta do Colégio Pedro II - Realengo
  A 2ª Oficina organizada pelo Grupo de Trabalho do Consea-Rio, com a temática “Hortas Escolares”, aconteceu no Colégio Pedro II, em Realengo.

A oficina incluiu uma visita e exposição da experiência em agricultura urbana do Colégio Pedro II, que tem uma horta, experiência de arborização e está implantando um herbário.


 
Elizabete Ribeiro Silva (educadora da rede municipal do Rio de Janeiro e integrante do Nutes - Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde, da UFRJ). Elizabete já implantou uma horta na escola onde trabalha e fez sua dissertação de mestrado sobre esta temática. Ela apresentou um histórico das hortas nas escolas municipais, a ressignificação das hortas no contexto urbano, as contribuições e obstáculos encontrados.





A seguir, Angélica Bueno, da Secretaria Municipal de Educação, coordenadora do Programa Saúde na Escola, que envolve três secretarias do município (Educação, Saúde e Assistência Social), apresentou o programa, sua forma de funcionamento, as ações executadas e temas principais. Sua intervenção permitiu pensar interações com o Grupo de Trabalho Agricultura Urbana e também com o Consea e com a temática de Segurança Alimentar e Nutricional, que foram algumas das questões debatidas.

Um momento muito significativo da oficina foi o lanche agroecológico. Uma preocupação do GT é com a coerência de suas ações e por isso achamos importante que a alimentação em todas as atividades realizadas esteja de acordo com as propostas de Segurança Alimentar e Nutricional, incluindo a preocupação de inclusão de alimentos orgânicos e da agricultura familiar. Nos espaços públicos, este ainda é um desafio. Nas oficinas do GT, para viabilizar a alimentação agroecológica, cada pessoa trouxe sua contribuição. As comidas foram deliciosas, de excelente qualidade em todos os sentidos, sendo um momento de confraternização importante.

Produtos agro-ecológicos em grande parte produzidos pelos próprios participantes da oficina

Grão de trigo germinado

O relatório traz mais detalhes sobre as discussões realizadas.

Compostagem: o lixo orgánico uma grande oportunidade !!!

Grupo que assistiu a 1a Oficina de Compostagem na UFRJ

 A oficina de Compostagem foi a 1ª Oficina do GT Agricultura Urbana e Educação Alimentar aconteceu dia 11/02/2011, foi realizada no Restaurante Universitário da UFRJ.

A Compostagem está no início e no final do “ciclo do alimento”: é o adubo para a terra e o destino final do lixo orgânico. Foi uma oficina bastante procurada, demonstrando o interesse que este tema desperta.
O restaurante Universitário da UFRJ acolheu os participantes em clima alegre e hospitaleiro, além de dar todo o apoio para as inscrições e oferecer um delicioso café da manhã e almoço. Aproveitamos para conhecer a experiência deles, que é bastante rica e pode ser vista no relatório da 2ª Reunião do GT.
Três experiências foram apresentadas:
- Revolução dos Baldinhos, da Ong Cepagro, de Florianópolis (Marquito, Rosilene e Maicon)
- do Núcleo de Educação Ambiental – Nea - 10ª Coordenadoria Regional de Educação – Secretaria Municipal de Educação (Álvaro Madeira)
- da Horta Comunitária do Anil  (Rubens e Dirce), que está integrada ao Projeto Hortas Cariocas – Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura  (Júlio Cesar)

Marquito, Rosilene e Maicon expuseram a experiência da Revolução dos Baldinhos. Veja abaixo um vídeo disponível no You Tube com uma entrevista de Marquito na comunidade onde desenvolveram o projeto.
 

Fizeram uma demonstração do método de compostagem utilizado por eles em Florianópolis, que possibilita reaproveitar todo o lixo orgânico (eles compostam até animais mortos!). Na comunidade onde eles atuam atualmente mais de 80 famílias separam o lixo orgânico, que é recolhido 3 vezes por semana. Com isso, diminuiram em muito os problemas com ratos. É uma compostagem “aeróbica” (por isso a ventilação é muito importante) e que esquenta muito o material, ajudando a matar muitos microorganismos maléficos. Veja a sequência das fotos:

Uma base feita de galhos grandes é importante para aerar bem a composteira

Apos colocar os galhos e envolver com o capim seco, pisar sobre para firmar bem

Colocar capim seco por cima dos galhos, e cerragem

Apos colocado o lixo orgânico, cobrir com mais cerragem (em flocos para aerar bem) e um pouco de humus pronto para inocular


Ao final cobrir tudo com capim seco, camada grande.


  É bem diferente do minhocário, que só utiliza cascas e não pode esquentar, porque mata as minhocas.

A riqueza da terra produzida a partir de lixo orgânico (FONTE: CEPAGRO)

O Marquito, do CEPAGRO, nos enviou uma apostila explicativa dos passos do método de compostagem utilizado por eles. Ela foi feita para o banheiro seco (que eles também divulgam), mas o princípio é o mesmo. 


Clique no link para baixar: http://www.4shared.com/folder/MiQGhiLa/arquivos_para_compartilhar.html

Após a apresentação prática do composto, em uma conversa muito rica, o pessoal do Cepagro contou como o projeto começou, como se dá a relação com a comunidade, a luta deles para conseguir que a prefeitura pague pelo lixo que eles reciclam.

Em seguida, Álvaro Madeira, do Núcleo de Educação Ambiental da 10ª CRE, fez uma exposição sobre os diferentes métodos de compostagem e apontou um conjunto de possibilidades para fazer o composto nas escolas. Ele desenvolveu uma metodologia que permite fazer o mesmo método de composto

Depois foi a vez da Horta Comunitária do Anil expor sua experiência – Rubens e Dirce. Júlio Cesar, que trabalha no Hortas Cariocas – Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura expor também um pouco do trabalho realizado.
Seguiu-se um debate sobre as possibilidade existentes. O relatório, disponível para baixar no link "ARQUIVOS DO GT" acima, traz mais detalhes sobre as discussões realizadas, bastante ricas
Duas participantes da oficina fotografaram e documentaram os passos para a elaboração do composto: a Mônica Caetano, que colocou um relato da Oficina de Compostagem no blog do Grupo Santa Horta:  http://santahorta.blogspot.com/2011_02_01_archive.html

 E Ana Lemos, do Grupo “Do meu lixo cuido eu”, de Niterói, que também encaminhou ao Grupo dicas para conseguir mais informações:

Olá Amigos do Gt Agricultura Urbana, Consea Rio,
Encaminho para o Grupo o relato que formatei com fotos da Oficina do marquito "A revolução dos Baldinhos”.< http://www.4shared.com/document/yUEeV0pd/Texto20-20Compostagem2020-20A2.html   

E segue também endereço do Movimento "Do Meu lixo Cuido Eu" de curitiba, eles tem propostas bem legais como o Canteiro por Capilaridade, e Lixeira Viva que é do tipo da Minhocasa.  Eles disponibilizam o passo a passo das proposta para quem quiser replicar em oficinas inclusivas.  http://domeulixocuidoeu.wordpress.com